Autoria desconhecida.
(Entram inicialmente os avós, que entram discutindo e resmungando e se aconchegam em um sofá, a vó fazendo tricô e o avô lendo jornal. A mãe entra logo em seguida, conforme a narração do locutor, a mãe então fica no palco, os personagens entram e saem do palco, no final todos voltam).
LOCUTOR: Apresentamos uma família qualquer, com mãe, pai (que neste momento esta no trabalho), filhos (muitos filhos), tia (que não aparece nesta história) avó e avô. Todos morando em uma casa simples. A família com seus mais diversos membros deve ser uma semente plantada com atenção, confiança, oração, paz, gratuidade, doação, perdão, união, carinho e regada todos os dias com muito amor.
Até que um dia, num belo, nada mais nada menos que o DIA DAS MÃES, Dona Ana, a mãe, tem um surpresa... Boa ou ruim? Vejamos no decorrer da história.
MÃE - Quanto mais a gente limpa mais sujeira aparece! Quem é dona de casa entende perfeitamente o que eu digo. Bem, se for uma dona de casa prendada como eu! E olha que eu deixo essa casa brilhando, sem precisar jogar sujeira pra debaixo do tapete. (olha tímida a igreja, como se estivesse sendo filmada) É que sou limpinha! Eu me chamo Ana, mas pra todo mundo da redondeza é Donana. (mexendo nas unhas) Espia só! Não posso esquecer de falar dos meus filhos. São tão dedicados! Eles me ajudam arrumar a casa no dia das mães. (chateada) Uma vez no ano, mas ajudam, tá? (crítica) Tem filho que nem isso faz! (continua limpando e cantando). E oba! Hoje é o dia das mães! Vou ganhar oito presentes, Pois tenho oito filhos. Ai vem o primeiro.
JOGADOR DE FUTEBOL – Oi mãe?
MÃE – Oi filho. O que é que você vai me dar hoje?
JOGADOR DE FUTEBOL – Te dar? Ah é! Toma ai! (Entrega a camisa suja pra ela lavar) O jogo foi no barro, foi mau... Tchau.
VÔ – No meu tempo isso não era assim...
VÓ – É verdade meu velho!
MÃE – Ele esqueceu do dia das mães. Será possível? Ai vem mais um. Oi filha?
PATRICINHA – Oi mãe.
MÃE – Tem alguma coisa pra me dizer filha?
PATRICINHA – Tenho, me dá 50 reais?
MÃE – Eu não tenho.
PATRICINHA – Tem sim.
MÃE – Não tenho.
PATRICINHA – Tem sim. Me dá se não eu choro.
MÃE – Não.
PATRICINHA – (chora)
MÃE – Ta bom.
PATRICINHA – Brigado. Tchau.
VÔ – No meu tempo isso não era assim...
VÓ – É verdade meu velho!
MÃE – Mais uma que esqueceu do dia das mães.
LAURA – Mamãe o Lara me bateu.
LARA – Mentira mamãe. Foi a Laura quem me Bateu.
LAURA – Ela me chamou de burra.
LARA – E ela me chamou de asno.
LAURA – Mentira dela.
LARA – Por falar nisso o que é asno?
LAURA – Asno é você!
LARA – Não sou não, sua taturana depenada que chupa o dedão do pé!
LAURA – Vou te mostrar quem é taturana!
LARA – Então vem!
MÃE – Já chega! As duas estão de castigo. Já pro quarto!
(toca UM SONZÃO DE ROCK)
VÔ – No meu tempo isso não era assim...
VÓ – É verdade meu velho!
ROQUEIRO – E aí coroa?
MÃE – Olha o respeito!
ROQUEIRO – Fica fria mãe. O quê que você fez de almoço hoje?
MÃE – Hoje eu fiz uma comida muito gostosa. Por que hoje é um dia muito especial não é?
ROQUEIRO – Sei lá, coroa. Vô ali curtir um som e já volto. Falou.
VÔ – No meu tempo isso não era assim...
VÓ – É verdade meu velho!
MÃE – Ninguém se lembrou do meu dia...
SKATISTA – (Chega de skate, aperta a mão da mãe com um aperto de mão esquisito). Daee véia... Vou ali fora dropa umas de skate com os mulekes.
MÃE – Mas, mas... Hoje é um dia especial, você não lembra?
SKATISTA – Especial mesmo, hoje vou descer altas ladeira! Uhull...
MÃE – Não era bem isso, mas tudo bem. Não esquece o capacete, joelheira, cotoveleira, ombreira, caneleira, barrigueira, pescoceira, pezeira...
SKATISTA - Na moral mãe, as manobras são tudo style! Fica fria! Fui!
VÔ – No meu tempo isso não era assim...
VÓ – É verdade meu velho!
GÊMEAS – Oi mamãe?
MÃE – Oi minhas filhinhas.
GÊMEAS– Agente queria te dizer uma coisa. Nós não esquecemos.
MÃE – Até que enfim que alguém se lembrou.
GÊMEAS – Você nos deve... 20 Reais. Dez pra mim e dez pra ela.
MÃE – Ta aqui!
GÊMEAS – Tchau!
VÔ – No meu tempo isso não era assim...
VÓ – É verdade meu velho!
NERD – Mãe, estou indo na casa da Ritinha estudar.
MÃE – Mas, mas... logo hoje?
NERD – Preciso estudar né mãe.
MÃE – Certo, tudo bem... mas não esquece o agasalho...
NERD – Mas mãe esta fazendo um calor de 40º graus mais ou menos lá fora.
MÃE - ...E não esquece do guarda-chuva também...
NERD – Mas a casa da Ritinha é aqui do outro lado da rua mãe.
MÃE – Sem mas... Essa juventude!
VÔ – No meu tempo isso não era assim...
VÓ – É verdade meu velho!
MÃE – Aí, aí... Ninguém lembrou que hoje é o dia das mães. Nove filhos e todos se esqueceram.
(Neste momento os filhos voltam um de cada vez e cada um deles traz uma flor e entrega para a mãe).
PATRICINHA – Mamãe nós só estávamos brincando. Você nunca será esquecida por nós.
GÊMEAS – Mamãe nós nunca vamos deixar de amar você. Obrigada pelo seu amor mamãe, um beijo duplo.
LARA – Mamãe, sou grata a você por ter me dado o presente mais valioso, a vida.
LAURA – Mamãe, você é muito especial para mim. Te amo!
JOGADOR DE FUTEBOL – Mamãe, que Deus te dê muita saúde. Obrigado pelo seu amor.
NERD – Mamãe, o nosso amor por você não tem fim.
ROQUEIRO – O seu carinho será lembrado para sempre em nossos corações.
SKATISTA – Mamãe você é irada! Nós te amamos!
VÔ – Agora sim, igualzinho no meu tempo!
VÓ – É verdade meu velho!
LOCUTOR: Dessa forma bem descontraída que o grupo de jovens resolveu homenagear todas as mães de nossa igreja e aquelas que nos visitam. Que o senhor realize o desejo do coração de cada mamãe aqui presente. E aqui vai um recado para você que é filho: comemore todos os dias o dia das mães. Aproveite enquanto ela está perto. Quem não tem mais a sua mãezinha sabe do que estou falando. Ame com gestos, atitudes e palavras. Não que ela peça isso. Não! Mas porque ela merece! Se a sua mãe não está com você aqui na igreja, diga na primeira oportunidade “mãe, eu te amo”. Mas se ela estiver aqui, faça isso agora. Mãe, eu te amo!
TODOS – Viva o dia das Mães!
(Inicia uma música e cada um leva a flor que inicialmente foi dada para a mãe fictícia para sua mãe verdadeira que esta na platéia).
- FIM -
.:: VÍDEO ::.
Abaixo segue filmagem da encenação realizada pelo grupo de pós-crisma da comunidade Mina do Toco – Criciúma / SC
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